História da Encadernação
Passos Urbanos
O ofício da encadernação tem origem na Índia, quando os Sutras, que eram escritos em papiros, foram tranferidos para folhas de palmeiras e escritos com caneta de metal, ou entalhados em tábuas de cera. Eram livros enormes, com apenas duas páginas, emendados por um fio e sua sobra era enrolada ao redor do livro para proteger suas placas.
Códices de Nag Hammadi
Os monges budistas gostaram da idéia e a levou para a Pérsia, Afeganistão, Irã e China, no século I aC. Documentos importantes e grandes (longos) ainda eram escritos em papiros, guardados em pergaminhos.
Aos poucos, foi-se inovando esses registros em folhas de palmeira e foram acrescentando mais folhas, formando uma sanfona. Desse modo, os pergaminhos passaram a ser feitos em forma de sanfona.
Os romanos, baseado na língua latina, chamavam esse livro sanfonado de códice, originado do latim “caudex”, que significa tronco de árvore.
Depois, foram sendo substituídos por folhas soltas, costuradas, como pôde-se constatar com a descoberta dos códices de Nag Hammadi, no Egito, onde os estes eram costurados com a técnica conhecida hoje como copta egípcia.
Banco Amarelo
A palavra Copta vem de um grupo cristão do Antigo Egito.
Os fiéis da religião Copta acabaram desenvolvendo esse tipo de encadernação para a proteção e conservação de seus livros sagrados.
Igreja de Mari Guirguis - Heliópolis - Cairo
A partir do
século XV se começa a utilizar a ourivesaria para marcar os livros. Na Idade
Média, a maioria dos livros, estava coberto em pele e tinham ponteiras em
metal, mas também existiam cobertas de veludo com incrustações de prata para os
livros mais elegantes e só em alguns livros, principalmente nos evangelhos,
utilizou-se marfim, ouro e pedras preciosas.
Na Idade
Moderna, as encadernações de luxo desaparecem, e começa-se a utilizar cartão
para proteger as páginas, devido a que era mais barato, e a decoração torna-se
importante para não só reconhecer o livro, mas também para representar seu
valor.
Há algum
tempo, vem se retomando o modelo artesanal para encadernação e, assim, vão se
criando modelos em várias costuras.
A costura
Copta é uma das mais escolhidas porque proporciona livros mais firmes, permite uma abertura da capa em 180º e também
seu entrelaçado é muito bonito, quando deixamos a lombada exposta. Ela é muito usada pelos artesãos para confecção de livros.
Copta Etíope ou dupla
A variação da
costura Copta Etíope consta de costura
aos pares e com mais de uma agulha ao mesmo tempo.
Hoje essa é
uma das costuras mais utilizadas na encadernação artística (a Copta), pois,
permite firmeza na união das folhas e uma abertura total do livro, sendo a mais
indicada para quem mantém a prática de utilizar Skecthbooks, ou também chamados
Diários Gráficos.
Os skecthbooks (sketch=esboço,
book=livro), são livros e cadernos pessoais de rascunhos e idéias escritas ou desenhadas. É conhecido por
“O Livro do Processo Criativo”.
Os sketchbooks são livros especiais e muito importantes… deles muitas vezes saem grandes criações , que derivam de ‘insigts’ ocorridos no dia a dia. Porisso, eles devem estar sempre à mão e com um lápis ou conjunto de lápis aquareláveis.
Não se sabe
ao certo quando essa moda começou, mas sabem-se que os artistas mantêm o hábito
de encher páginas e páginas com esboços e notas.
O mais famoso
sketchbook já fabricado até hoje é o conhecido Moleskine, e que ficou famoso por suas formas simples e elegantes,
e por ter sido utilizado por artistas como Pablo Picasso e Vincent Van Gogh, ou
até mesmo pelo romancista Neil Gaiman.
Moleskines originais
Como seu valor é muito alto, as pessoas têm preferido modelos personalizados e elaborados por artesãos.
Aguardem nossa exposição de Sketchbooks da Crafts & Co., em breve!
Abraços,
***
Adaptado por mim baseado na fonte
http://pt.scribd.com/doc/57302478/Encadernacao
Imagens da net
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